quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Navegante

Phillip era um capitão de um grande galeão espanhol, o imponente Peligroso. Mas não era qualquer galeão, era um navio pirata. Ele passava seus dias onde mais gostava: no mar, navegando à procura de galeões da coroa espanhola carregados de riquezas para poder abordá-los e, então, saqueá-los, mandar todos os tripulantes para os bote e, finalmente, afundá-los com disparos de seus 15 canhões.
Mas por que mandar os tripulantes para os botes para só então afundar os navios? Phillip era inglês, e um rapaz muito gentil e piedoso, características pouco comuns para um pirata.
O Peligroso ostentava uma bandeira nada convencional na pirataria, preta com um grande Delta (Δ) dourado e bordado à mão no centro, para que todos soubessem de longe que El Peligroso, como era chamado, estava por perto e se aproximava.
Mas não era a única característica incomum que envolvia Phillip e sua tripulação. O Peligroso aportava em grandes portos e praias da coroa espanhola e nada acontecia a ele. Não era invadido por soldados espanhóis, os Temidos (como eram chamados os piratas do Peligroso) não eram abordados, presos e não se via sequer um cartaz de procurado estampado pela face de Phillip ou de algum de seus homens.
Mas por que isso? Os Temidos eram piratas, e piratas eram criminosos. Então qual seria a causa de tamanha impunidade? É muito simples. Devido ao fato de Phillip nunca ter ferido um sequer tripulante das embarcações por ele saqueadas, o rei da Espanha nada fazia contra eles.
Mas um dia o Peligroso desapareceu. Mas seus tripulantes ficaram em terra firme. Exceto um: Phillip. Diz a lenda que o capitão inglês ainda navega pelos Sete Mares saqueando e afundando galeões espanhóis, mas não existe nenhuma alma viva que avistou a bandeira preta com um Delta dourado em seu centro pairando sobre a água.
E essa é a lenda do Navegante.

sábado, 2 de junho de 2012

Diário de Um Oriano

Hoje é dia 15 de janeiro de 2153 ou 08 de maio de 2012. Fiquei alguns dias sem escrever em meu diário pois as tropas centurion não pararam de me perseguir durante esses últimos dias, e elas estavam muito perto, por isso tive de passar dia e noite em constante movimento para que não me capturassem.
Infelizmente a pista da qual havia falado era falsa. Voltei à estaca zero na minha busca por meus "conterrâneos". Mas não vou desistir de encontrar os sobreviventes, tirar nosso planeta das mãos dos centurions e expulsá-los de uma vez de nossa terra natal.
Agora são 23 horas e 45 minutos, estou com sono e sem idéias sobre o que escrever hoje em meu diário. Não tenho nenhuma novidade, além do fato de ter encontrado uma garota em uma lanchonete, ter conversado com ela durante algumas dezenas de minutos e depois ter ido embora, enquanto ela estava no banheiro. Ela era muito bonita, mas não posso me envolver de forma alguma com qualquer pessoa, para não colocá-la em risco.
Espera...acabei de receber uma pista de um homem de uns trinta e poucos anos que mora em uma cidade não muito longe de onde estou agora. Dá para ir caminhando até lá, isso claro, se eu descansar. É isso que vou fazer. Vou dormir um pouco e amanhã de manhã eu vou até o endereço que recebi (de uma fonte confiável, claro). Espero que não seja mais uma pista furada como as outras.
Então, é melhor eu descansar se quiser encontrar o tal homem misterioso que pode ser um oriano como eu.
Até.